quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

q-u-e-b-r-a-r-o-g-e-l-o

E aquela necessidade louca de pisar o risco da rotina, de alcançar o fruto proibido, de ir atrás do que não se pode? Cada vez mais a sinto, cada vez mais ela se apodera de mim. Preciso de um pedaço de adrenalina injectado directamente nas minhas veias, nem que seja por uns breves momentos. Só preciso de fugir um bocadinho desta rotina que já se instalou na minha vida. Não me quero habituar. Não me quero conformar. Quero aventurar-me numa viagem sem rumo mas com um propósito: desabituar-me. Arriscar-me e perder-me pelo meio de trilhos e sítios desconhecidos. Perder os escrúpulos e esquecer-me do mundo real que já me cansa. Tocar em coisas novas e sentir-me muito viva outra vez. Viver, viver mesmo. Será pedir muito? Serei eu a única a sentir necessidade de? Estou cansada de morte de responsabilidades e obrigações, de sermões e de cenas daquelas que são precisas para ‘sermos alguém no futuro’. Não sei se me chegam umas férias. Se calhar até me chegava um dia, mas um dia que me fizesse esquecer da rotina em que estou embrulhada. Um dia que mudasse, sei lá, a minha vida? Um dia que mudasse o meu estado de espírito desgastado e me trouxesse outro tipo de sensações. O que for, o que for. Não estou preocupada com mais nada a não ser o prazer de visitar o outro lado da linha.


ElsaSilva

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