terça-feira, 22 de junho de 2010
Saudade. É uma palavra com a qual eu não lido muito bem, mas que me ataca frequentemente. Seja de momentos, pessoas, épocas... Invade-nos de tal forma que muitas vezes se manifesta em forma de lágrimas, outras vezes bloqueia-nos o pensamento. Tentamos sempre arranjar uma forma de passar por cima, de matar a saudade, de a varrer pra debaixo do tapete. E quando não resulta? E quando ela não quer desaparecer e simplesmente fica ali, à espera de um momento a sós connosco para pumba, poder atacar... Ficamos realmente impotentes perante isto. Por muito fortes que possamos ser, acabamos por atacar a maior caixa de gelado ou manter a cabeça por baixo do lençol. Enxotamos, pontapeamos, expulsamos essa palavra tenebrosa da nossa cabeça mas ela insiste em ficar por ali até que nos lembremos de algo mais interessante. É que às vezes isto pode ser algo mesmo muito incomodativo. Depois de promessas e verdades (ou não) em que vamos acreditando no decorrer da nossa vida, convencemo-nos de que há algumas coisas que vão durar para sempre, que vão estar sempre lá independentemente de tudo e de todos. Mas não, isso não é verdade. Ou a agarramos com unhas e dentes enquanto ela estiver disposta a deixar que isso aconteça, ou um momento de distracção pode ser fatal. Um nico de fora e vai tudo pegado atrás. Por mais grandioso que isso possa ser, arranja sempre um espaço por onde passar e quando isso acontece, dificilmente voltará. É muito triste. Mas é mesmo assim. Certas coisas temos a sorte de as poder manter junto a nós, podemos aproveitar os momentos da melhor maneira e desejar que eles nunca acabem, mas há sempre algo que enquanto isso já está a tentar escapar... E às vezes só podemos deixar ir.
segunda-feira, 7 de junho de 2010
01:01 da manhã, já é segunda-feira, e faltam mais ou menos 11h para fazer o teste de história. Apesar de a matéria estar a custar a entrar, estou a manter calma de uma forma estranha para mim. Talvez isto esteja a acontecer porque, na verdade, tenho sentido esta estranha calma correr-me nas veias de mesma forma que sinto o meu coração bater. É como se tivesse atingido uma paz de espírito que há algum tempo daria tudo para conhecer. É um tipo de felicidade constante que sou capaz de encontrar em cada coisa simples do meu dia-a-dia e da minha vida. Um simples sopro, um simples toque, uma palavra, um gesto ou um objecto. A felicidade existe em todos os eles e agora ela mostra-se a mim e eu recebo-a de coração aberto. Também sinto aqueles que amo ainda mais perto do meu coração. Sinto uma capacidade maior de escutar a minha alma e o meu espírito e cuidar deles. De ouvir as necessidades do meu corpo e amar-me e aceitar-me como se de outra pessoa se tratasse. Não sei o porquê de isto estar a acontecer, mas é uma sensação maravilhosa e vou tirar o melhor partido dela enquanto durar. Faz-me feliz viver nesta plenitude e nunca perder a loucura que toma os meus ideais e modo de vida. Daqui para a frente será uma luta para continuar a viver nesta paz e encontra-la noutros aspectos em que ainda não me sinta completamente à vontade. A vida é a minha jornada e vivê-la de verdade é a minha tentativa diária. Entrego-me a ela com todo o meu coração e estou disposta a amar cada momento e tirar tudo o que ela tiver para me dar alimentando o meu espírito com experiências, vivências e sensações.
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